Río de Janeiro, 18 ene (EFE).- El cadáver del sacerdote jesuita estadounidense Ferdinand Azevedo, de 72 años, fue hallado desnudo, con las manos atadas y una cuerda en el cuello en un balneario brasileño donde realizaba un retiro espiritual, dijeron hoy fuentes oficiales.
El cuerpo fue encontrado en la noche del lunes por miembros de su congregación que intentaban contactarle desde hacía varios días y que, ante la falta de respuesta, se presentaron en un apartamento de la ciudad de Paulista en que los jesuitas realizan retiros individuales.
Pese a las circunstancias en que fue encontrado, el cadáver no tenía señales de violencia externa ni heridas aparentes, y la policía no descarta un homicidio ni el suicidio.
La comisaria de Janga, Morgana Alves, informó de que abrió una investigación para establecer las causas de la muerte y agregó que espera los resultados de la autopsia para saber si el sacerdote tiene lesiones internas.
La comisaria se abstuvo de dar otras informaciones y alegó que la investigación será secreta.
El hecho ocurrió en Janga, un balneario de la ciudad de Paulista ubicado a pocos kilómetros de Recife, la capital del estado de Pernambuco y una de las mayores ciudades del nordeste de Brasil.
El cuerpo estaba de rodillas y en avanzado estado de descomposición, por lo que se presume que el sacerdote murió algunos días antes.
El religioso, que vivía en Brasil desde 1975 y llegó a ser provincial de los jesuitas en Pernambuco, acostumbraba realizar todos los años un retiro de diez días en el mismo balneario.
Azevedo era investigador y profesor en el departamento de Ciencias de la Religión de la Universidad Católica de Pernambuco, en Recife, y coordinaba el Instituto de Investigación Padre Nogueira Machado, vinculado al mismo centro académico.
Formado en Filosofía por la Gonzaga University (1963), el jesuita tenía una maestría en Historia en la Loyola University of Los Ángeles (1968) y un doctorado también en Historia en la The Catholic University of América (1974) de Washington.
El estadounidense, que se ordenó sacerdote en la Compañía de Jesús en 1970, recibió en 1997 el título de Ciudadano Pernambucano, concedido por la Asamblea Legislativa de Pernambuco por su contribución a la educación en ese estado brasileño. EFE
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Terça - 18/01/11 17h26, atualizado em 19/01/11 09h58
Polícia trabalha com duas hipóteses para morte de padre
Homicídio e suicídio são as possibilidades da investigação sobre a morte de Ferdinand Azevedo
Da Redação do pe360graus.com
Foto: Divulgação / Unicap
A polícia trabalha com duas hipóteses sobre a morte do padre Ferdinand Azevedo (foto 1): homicídio ou suicídio. O corpo dele foi encontrado na segunda-feira (17), num apartamento no bairro do Janga, em Paulista (fotos 2 e 3), com uma corda no pescoço e com as mãos amarradas. O imóvel onde o corpo foi encontrado era usado para retiro espiritual pela Ordem Jesuíta.
Padre Ferdinand Azevedo era norte-americano, tinha 72 anos e era doutor em história pela Universidade Católica Americana, em Washington. Ele estava no apartamento há uma semana e deveria ter retornado na segunda-feira (17) à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), onde era diretor da biblioteca e professor do curso de mestrado em ciências da religião.
Como não compareceu ao trabalho, colegas da universidade vieram ao local e o encontraram morto. A notícia da morte do padre Ferdinand surpreendeu a todos Unicap, onde ele trabalhava e morava desde 1975.
Muito abalado, o reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, sabe que a polícia trabalha com as hipóteses de homicídio ou suicídio. Para ele, o comportamento do colega não apresentava nenhum indício de que ele pudesse tirar a própria vida.
“Nós não encontramos nenhum sinal nem vestígio de depressão, tristeza, amargura ou revolta. Ele era uma pessoa extremamente pragmática. Isso nos causa essa estranheza e que nós nos sentimos no dever, não só nós jesuítas, mas todos aqueles que conheceram, de testemunhar uma vida que não combina com essa morte, seja qual for o resultado da investigação”, afirma o reitor.
O corpo dele foi enterrado no final da tarde desta terça-feira, no cemitério de Santo Amaro. Antes, amigos e companheiros de trabalho se despediram dele numa missa na capela da Universidade Católica de Pernambuco. A missa foi celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, junto com o reitor da universidade, padre Pedro Rubens, e com o pró-reitor comunitário, padre Miguel Martins.
Após a cerimônia, o corpo foi levado para o cemitério de Santo Amaro, onde foi enterrado. A direção da universidade está aguardando o resultado da investigação policial, para entender se o que houve foi homicídio ou suicídio. A Delegacia do Janga é a responsável pelo inquérito. O prazo para conclusão do laudo da perícia é de 10 dias.
Ordenado padre em 1970, Ferdinand Azevedo veio para o Brasil em 1975. Atuava como pesquisador e professor do mestrado de Ciência da Religião da Unicap, instituição em que trabalhava há mais de 30 anos e onde ocupou os cargos de pró-reitor administrativo e comunitário, diretor da biblioteca e chanceler, entre outros.
“Ninguém esperava por essa notícia, foi muito forte. Ele era um professor muito ativo no mestrado, envolvido com pesquisas, sempre incentivava os alunos a pesquisar”, conta o ex-aluno do padre, Carlos Vieira.
http://pe360graus.globo.com/noticias/policia/investigacao/2011/01/18/NWS,527669,8,298,NOTICIAS,766-POLICIA-TRABALHA-DUAS-HIPOTESES-MORTE-PADRE.aspx
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